Há situações que levam a que haja uma maior tendência para formar coágulos no sangue, nomeadamente quando são substituídas válvulas do coração ou como resultado de doenças como a fibrilação auricular, aumentando o risco de tromboses. A terapêuti-ca anticoagulante oral serve para diminuir este risco, tornando o sangue mais fluido. Os medicamentos usados mais conhecidos são a varfarina (Varfine®) e o acenocumarol (Sintrom®). Recentemente surgiram novos medicamentos com esta mesma função – dabigatrano (Pradaxa®), rivaroxabano (Xarelto®) e apixabano (Eliquis®).
Iniciei esta terapêutica. Quanto tempo vou fazê-la?
A duração da terapêutica anticoagulante oral depende da sua indicação. Há doentes que a terão de fazer apenas durante alguns meses e outros terão de a fazer durante toda a vida.
Qual a dosagem?
Os doentes medicados com varfarina ou acenocumarol devem ser monitorizados, atra-vés de uma análise sanguínea, que permite calcular o INR (Rácio Internacional Normali-zado). O valor ideal de INR deve ser decidido pela sua equipa de saúde e a dose de medicamento vai ser ajustada, de forma a atingir esse valor. Encontrando-se estável, o controlo poderá ser alargado (frequentemente mensal). Se o INR estiver alterado (acima ou abaixo do valor pretendido), o controlo deverá ser feito com maior frequência.
Não estou controlado. Porquê?
A varfarina/acenocumarol estão sujeitos a interações com medicamentos (amiodarona, metronidazol, rifampicina, ciprofloxacina, aspirina, anti-inflamatórios não esteroides, erva S. João, gingko biloba, entre muitos outros), alimentos (abacate, espinafres, brócolos…) e situações de doença (diarreia, insuficiência cardíaca, febre, híper ou hipotiroidismo, doença hepática…), que podem aumentar ou diminuir o seu efeito.
No que diz respeito à alimentação, mais importante do que limitar a ingestão destes alimentos é fazer uma dieta equilibrada e consistente, sem grandes variações.
Sempre que alterar a sua medicação habitual, informe a sua equipa de saúde e questione sobre possíveis interações.