O dabigatrano, rivaroxabano e apixabano não requerem monitorização através do INR mas exigem da mesma forma vigilância regular pela sua equipa de saúde. A função renal do doente deve ser vigiada.
A dose de medicamento é fixa (podendo em alguns casos ter de ser ajustada, de acordo com características do doente), apresentam menos interações medicamentosas do que os anticoagulantes orais mais antigos, são eficazes e têm vindo a demonstrar que são seguros, embora haja menor disponibilidade de dados de segurança/eficácia a longo prazo.
Como desvantagens, não existe antídoto e têm uma semivida (duração) longa. O seu preço é mais eleva-do do que o da varfarina ou acenocumarol.
E há complicações?
A complicação mais comum dos anticoagulantes é a hemorragia.
São sinais de alerta dores de cabeça, tonturas, urina vermelha, fezes negras ou com sangue e equimoses (pisaduras) na pele ou mucosas. Deverá dirigir-se ao seu médico assis-tente ou ao Serviço de Urgência.
Reduza o risco tendo cuidado ao manusear objetos cortantes e prevenindo quedas (relembre a nossa newsletter nº 38 – dezembro 2014).
Vou ser operado. E agora?
A atitude a tomar vai depender do seu risco individual de trombose/hemorragia e do risco do procedimento a realizar. Há procedimentos considerados de baixo risco hemorrágico, como muitos procedimentos dentários, procedimentos dermatológicos (pele) e cirurgia a cataratas (olhos), para os quais não será habitualmente necessário suspender a anticoagulação oral. Deve ser a sua equipa médica a esclarecê-lo e a tomar essa decisão. Nos casos que exigem suspensão da anticoagulação oral, há medicação que terá de ser feita, de forma a manter o risco de trombose baixo.